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Dom, Jun

Poemas
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Todo labirinto é profano, leva

a abissas entranhas e a fomes taurinas

a ócios esqueléticos e cios ou cones esgarços

 

 

leva a sombras, minotauros, sem-saidas

pátios frios (infervor portenho)

corredores obscuros (a velhas dores da estirpe)

hímens repartidos entre heróis  sem ventre

a bibliotecas surdas e estantes

de livro sem folego

empilhados como tempestade

a cinzas, incêndios, desditas armênias

e a dilúvios de fogo recalcitrante

todo labirinto leva a mim.

 

todo labirinto é oligofrênico

especialmente os do meu cérebro esquerdo.

 

Marobóduo atrasado nu no Danúbio

de tão desesperado

(no sítio hoje Áustria

aquem do azul rio da valsa)

roga a césar Tibério exílio ou amparo

(arrego ao infortúnio da hora).

 

Este dá-lhe veredito infame.

E põe sua cabeça

num troféu de elefante.

 

Marobóduo  rei bárbaro general germânico

que investiu contra Roma de Tibério

e perdeu a  apólice da vida

 

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Murilo Gun

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