03
Dom, Ago

Poemas
Typography
  • Smaller Small Medium Big Bigger
  • Default Helvetica Segoe Georgia Times

Poeta (não é fingido) é simulador de falsas palavras.

Isto é, de fingidos sentidos. E sentimentos turvos. Produtor de gritos novos

e messes cilíndricas. Fazedor vital de falsos perfumes. E de

desaromas verdadeiros. Ao simular palavras

(ocas porque plenas do sal do silêncio ocas

porque o abril cruel de Eliot as fez assim)

o poeta dá sentido ao caos do cosmos.

Formalmente objetiva o ser do verbo.

E o verbo é o humano posto na página. O

que restou da luz do sopro de Deus na terra.

Murilo Gun

Inscreva-se através do nosso serviço de assinatura de e-mail gratuito para receber notificações quando novas informações estiverem disponíveis.
Advertisement

REVISTAS E JORNAIS