Poeta (não é fingido) é simulador de falsas palavras.
Isto é, de fingidos sentidos. E sentimentos turvos. Produtor de gritos novos
e messes cilíndricas. Fazedor vital de falsos perfumes. E de
desaromas verdadeiros. Ao simular palavras
(ocas porque plenas do sal do silêncio ocas
porque o abril cruel de Eliot as fez assim)
o poeta dá sentido ao caos do cosmos.
Formalmente objetiva o ser do verbo.
E o verbo é o humano posto na página. O
que restou da luz do sopro de Deus na terra.
POETA
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