A tragédia adeja (em teu entorno, leitora vital).
A existência é trágica por exemplo e definição.
Somos seres para a morte. O pasto desta
é o sheol. O túmulo teu destino lato (e parco).
Para a lápide (infinita porque eterna
em sua temporalidade exígua e imóvel)
prepara teu último poema ou a mais querida e desolada epígrafe.
que colhestes das mais vãs leituras, tola leitora.
Não fugirás à determinação maior
à finalidade inescrutável da morte, saibas
urgentemente e sempre.
Quem sabe (que Deus de temor saberia só para ele?)
se ao começares a leitura deste poema
o súbito (e inexplicável) da morte enfática
enfartará teu doloroso (e inútil) coração?
Quem sabe? Saberás ou não, após.
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MORTE DA LEITORA (OU DA LEITURA)
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