Sou irmão das coisas fugidias
a poesia é familiar do caos
(do âmbito do obsceno e da verdade)
não da desdita.
O fluxo (irremediável) da eternidade
(jamais esgotável, inacabada) atado
à pulsão do id na veia
é quântico.
E cada salto dialético dele
nos sulca o indefeso rosto
(porém nos alarga a estreita alma).
Sou fruto do devir (venho dele, vou
às cinzas ou pó que dele derivam)
e o devir leva à morte
da árvore da vida.
(A humana, em extinção).
{jcomments on}