Vital violenta o verbo. Manipula a palavra a seu bel
prazer. Estupra a pobre gramática. Infelicita a sintaxe.
É um marginal. Usa a coitada (vítima vital) da
palavra de modo desconfortante inusitado, dobrando-a
como palha, reduzindo-a a pó filológico ou agulha vadia em suma
arruína-a para desconforto e exasperação dela
(a palavra) e inconforto para leitor dela (coitado).
Repito: estupra o verbo diariamente, página a
página, da malchamada Poesia Absoluta (ilusão).
E indecente. Evital, mesmo. Ele imprime à
palavra manuscrita (por suas mãos débeis e
pálidas) novos e desconcertantes sentidos. Sem
muito tato, se tanto. Qualquer gramática decente ele
deforma, vicia, desvia. Violenta o coitado do
significado, tão probo, calmo, exato, conceituoso. (Vital
é mesmo preconceituoso, sem dúvida de sombra).
Além de devorar, ou melhor, imprecatar e violar
o sagrado sentido das coisas, torna-o (a este)
espúrio, impredestinado. Provoca (vital) a loucura
na e das palavras. Tortura, sim, repito, o verbo.
Desgraçada, impiedosa, brutal e claramente
desavergonhadamente, sempre. Que os leitores se manifestem
(mesmo vão a ruas das páginas) protestando
contra tal ignomínia com
as palavras e o sacro (denotativo, puro)
sentido delas.
Confirma vitalmente a Alberto Lins Caldas:
“VCA é completamente louco”. Aleluia.
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