Na poesia absoluta, no seu exercício, na sua compulsão e vertigem do verbo, dou vazão a mim (mesmo) e a mim não o mesmo (ao mim outro, a algum eu não vital); dou plena extravasão a minhas fantasias, pulsões (boas ou más) e desejos (geralmente eróticos demais).
E invalido o poema.
Nota: Meu eu esconde e me
revela. Me escande e amorfa.
Me insinua violência verbal.
Me faz me ensimesmar em outrem.
Meu eu é cruel.
Meu eu é outro.
E eu amo o meu não-eu.
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