Do musgoso silêncio da Floresta Negra colho
ávidos instantes, réstia de sal entre
copas impiedosas da altitude das árvores
pelos olhos sonoros dos pássaros coadas
alado esplendor, demônios
do êxtase possuem-me, som da vida sou.
Êmulos da luz cativamos o escuro
júbilo e jugo gozamos juntos
cada ângulo do êmbolo do tempo de pó polimos
com catraca do esmero e ânimo de prata.
Em nome da noite (e urgência do acaso)
e do que se atreva a vencê-la
em nome do ermo que me assola
a alma avulsa concluo este terceiro poema.
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