Através da veia vem o poema
direto à página suja da vida
se locupleta do insosso leitor
o atropela detidamente.
Ataúde de água, berço de pó
te aguarda, amiga sonsa
ávida nuvens ouves
te bebem rosto alísio aves pétreas
das abôbadas dos olhos bovinos vagas
a escutar rumor velho de estrela
som prolongado de sombra nua
ou pasto sem Deus onde
coagule o nome.
LEVAR
À sede freática irás
lençóis devassos não lavarás.
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