03
Dom, Ago

Uncategorised
Typography
  • Smaller Small Medium Big Bigger
  • Default Helvetica Segoe Georgia Times

Só vivo quando não escrevo.

A nudez dos dedos é adorno para seios nus.

Quando mais eretos, mais suaves seios.

Crítica surda à verdade lírica é defecável.

 

De tranquilas querelas

com a palavra solidão

(verbo utópico, preciso, urgente, ávido verbo)

vive a obra vitalina.

 

Poeta cria regras vesgas.

 

Na longa relva do céu estrelas

pastam luz sólida e clara solidão.

 

A culpa da crise é de Capitu.

 

E o peso desapareceu das coisas quando

irrompe com fervor e sem náuseas exatas

só com alto viço na lauda o poema absoluto

(não amais o viço da náusea, mas o hábito

do por vir do sentido absoluto se instala).

 

Num poema de ritmos vermelhos

contei a história da sombra

(dedico a Jung).

 

A imaginação literária em ato

o potencial imaginário do homem

atualizo em poema, realizando assim

a poesia é fração vital (e fractal)

íntegro fragmento, porço da experiência

do mundo.

 

Portanto, para poeta (para sê-lo)

não basta escrever verso

mas desenvolver a mais adequada

concepção do mundo, da vida, do ser.

{jcomments on}

Murilo Gun

Inscreva-se através do nosso serviço de assinatura de e-mail gratuito para receber notificações quando novas informações estiverem disponíveis.
Advertisement

REVISTAS E JORNAIS