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Seg, Abr

destaques
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            Os movimentos (mais contrários que complementares) anta, corrupira, verde-amarelismo, pau-brasil e cia enfraqueceram (e vieram para isso), estreitaram ao invés de alargar o modernismo de 1922. Desviaram.

Foram como que uma sorte de manobras diversionistas triunfantes. Bem urdidas, mesmo que subconscientemente. E de desvio em desvio, de gota em gota reviveram (o inativado e anacrônico, a água passada) o rio morto (mas não enterrado) do parnasianismo. Reanimado. E sem ânimo moderno. Até hoje (2013). A “evolução” ou revivescência artificiais do velho, superado e teimoso parnasianismo decorreu de uma questão ideológica. A que tinha por fórmula deter o Brasil. Que de país do futuro virou país do passado. Rico ou não.

                        Se somássemos em anos os períodos de instabilidade política (decorrente de movimento militares alienados), desde 1920 até 1985, quantos anos preciosos e décadas perdidas 1917, 1922, 1924, 1930 a 1945, 1964 a 1985. O período malsinado de Sarney e Collor, puras manobras (do pavoroso parlamento corrupto e antipatriótico brasileiro, de tez monetária... sempre da cor do dólar, de alma usurária) para procrastinar a democracia, distanciar a legitimidade, prolongar a margem de autoritarismo etc. A literatura, em especial a poesia, a mais humana e humanística das artes da palavra, que criou asas e inventividade desde 1922. E cujo reinado durou simbolicamente meros oito anos, posto que, a partir da segunda e vital, medular geração modernista de 1930, que se iria consolidar a moderna poética brasileira, sofreu um golpe avassalador e virou contrarrevolução, caso de polícia, sob a gestão da Geração 45 (autoritária).

Murilo Gun

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