É patente a dificuldade de entender poesia porque se quer aplicar a isso a mesma lei da prosa.
Como se poema e texto prosaico (em verso ou não) fossem iguais, porém diferentes. Todos possuem (os leitores poéticos) a neurose da compreensão factual do poema, sua digestão rápida para não se sofrer dispepsia textual. Vamos logo atrás da pepita da mensagem. Bateá-la com um mero olhar na página. E vibrar. É isso.
E aquilo. Eis o que diz, afinal, no começo, o poema. Daí a facilidade (ilusa) de traduzir poesia. Basta encontrar equivalentes denotativos entre as línguas. E pronto.
Eis a fonte da má tradução. Os fiéis tradutores buscam essa equivalência precisa. Buscam transmitir a mensagem. Isto é, o conteúdo. O referencial. As denotações.