Vive de fantasias o verbo.
E detesta o óbvio.
O verbo sonha o poema.
Luzes, olhos, selos, casos carnais do genitivo.
Bruxuleia a vela e a cera é lavada sem piedade.
A perversão do sentido é viral... e vital.
Extraia do verbo toda a borra de banalidades
retire dele todo o não inusitado... e use
na extração buril do imaginário.
Bateie palavra a palavra o texto do mundo
em busca da pepita poética.
Da região mais escura do coração vem
luz dos músculos, transparência do fim.
Hasteie átomo do absoluto poético. Reserve.
A borra do relativo despreze.