Vens a uma cor cansada
a dor debruçada no porvir
te assalta como um gesto ou uma gata.
Por prados passados
e haras sem data ou ventre
permeia brilho de ruínas
vésperas de veias passeia
( e dá pernadas de cio o potro)
o consolo abandonado atropela-o
contêiner de mágoa
quando olhar do homem
fuzila azul veloz
e restam edifícios de escombros
vitrais carnívoros feridos
cristais aprisionados
bárbaros confins de salas de jantares
ângulos vazios de taças restam
do suicida brindar a vida.