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Dom, Ago

destaques
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Em poesia

se V. não deforma, copia.

E arte não é cópia (desde a mimese  peripatética).

Arte da palavra é inovação

de vocábulo a vocábulo, de i em i, de palmo a palmo.

É como anca fêmea, remexe

e assombra. Faz delirar inclusive. Mesmo.

Saia da mesmice, do ramerrão de rima.

Substantivo, não adjetivo. Saia das adjacências da palavra

urgente. E encare a palavra Poesia de frente.

Ao não deformar ou informar em poesia

  1. copia. E o pior, rima. Portanto, desrime

e ininforme. Inove, após tanta velharia insone.

Reproduza  - com as mesmas palavras do outro

a vida real (e emoções baratas ou não)

de amor, saudade, sal da idade, paixão, carinho.

A poesia deve existir pela poesia

não pela política. (Só Guernica).

Poesia é ficção da realidade. Outra realidade

(de palavras e não de sentidos). A realidade

pode fazer sentido. A poesia desfaz.

Murilo Gun

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