Válvulas suculentas do coração
de volúpia acrisolam-se
o veleiro das artérias aderna
Válvulas suculentas do coração
de volúpia acrisolam-se
o veleiro das artérias aderna
Não vá a águas
moles como relógios de lã
não apeie surdinas
Que veio não cesse
para que siga
adiante a messe
A tanger de Paris as palavras
ao redil da página sem alma.
Poeta recupera instinto do verbo
Visitei as destilações da alma
dos alambiques do coração bebi
aridez e coivara, vi a lua arrulhar
De que é feito o esquecimento?
Que matéria escura ou átomo de desmemória
o contém?
Brilho próspero da procela
(que arrebata o íntimo da tempestade)
zênite do sal e a nódoa da onda
A noite é meu evangelho, a pureza de que sou fruto vem dela, da intemporal noite vital, da mineral noite arcaica, rupestre e de suas carnes circulares,
O Torso de Deus é de água, luz e estros de mármore
de relva amanhecendo e canção.
Colinas são os joelhos de Deus.
a Aristóteles Bastos
O ignoto que oferece
além de doutas sombras