Ao tempo (areia e horária argila, seixo e instante)
em que resvala o pé.
Ao pó sucessor do caos
Ao tempo (areia e horária argila, seixo e instante)
em que resvala o pé.
Ao pó sucessor do caos
Delícias atraem calamidades (vizinhas).
Ungindo a nenhum dogmas, ídolos de ninguém.
Socrátes metafisica enquanto grunhe Xantipa.
Do pasto celeste vivem Deus e as estrelas
e da colheita de porcelana da alma os santos
(como D. Hélder Câmara e Dom Vital,
Se ouve das oliveiras o azeite
descendo por condutos
pelo golfos e esôfagos
Com lâmpada do amor alma
largos abismos ilumina.
A Deus agrada máscaras, ídolos eretos
Copulava com seus príncipes Penélope
interminavelmente nua e ativa
enquanto o tolo de Ulisses se demorava
perdido dos mares do mundo no périplo.
Da manhã nascente te conheci
estavas nua como o ínicio
eras minha como a alma
O declinante tempo não apressa o poema
o verso virá do espaço da página
não das ilhas ridículas dos ritmos azuis
Virgem morreu o azeite
óleos jazem
sob sete palmos de carne.
Insígne, rápido, de malícia e cálculo
bala e gato, tigre lança seu hálito
feroz destreza arma, engatilha