Vivo uma alegria viva
meu coração transborda de muros
o amor morreu mas volta a dor
figurando a intensidade do ser
o árido é furioso
funesta a face seca
a crueza da luz não impede a sombra
os filhos gozosos do céu dispersaram
tudo falta até o excesso
impulsos grassam e ímpetos se precipitam
mesmo que a graça estiole
se felizes os filhos do céu não importa
se a sombra é arrastada por bestas
ou anjos tanto faz para o poema
que não se subordiana a dons ou limites.
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