Sobre tua tumba vital
nem corvo quer pousar.
Que cipreste aplauda
tua vã sombra
o sopro extinto
a ovação vazia
e teu nome antes vital
agora lapidado (em mármore barato)
entre duas fatais datas:
uma da cova do útero, outra
do útero da cova: marca
do último (ou penúltimo ) óvulo, verme
ubre da terra, cálice do pó.
Ali, depois da sombra, além da cinza
próximo ao pó, no pântano do ânimo
onde pâmpano prelia
ou melhor, encilha
asfódelo, estás.
Nov/ 2013