02
Sáb, Ago

destaques
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O império da forma poética é tanto mais

transitório quanto sua fragilidade ante os debácles

que representem (ou espreitem) os avanços do pensamento (não da

economia). Dialeticamente, ela (forma) gera o seu contrário

para com ele medir forças e gerar seu sucedâneo, que

pode conter muito pouco, quase nada, nada dela, dependendo

de sua fragilidade ou fortaleza. O caminho

de negar o embate, atacar o seu contrário (que não

propriamente a contrarie mas – por uma etapa -  demonstra

que há opções, mesmo radicais, à sucessão).

A fuga ao debate, a falsificação de sua posição, a atitude

de soberba e indiferença é sinal forte da fraqueza

 da forma poética dominante. Que

ela não tem porque ser. Passou. By, by.

 

“A poesia absoluta não é inocente (parva, cauta, solene

não é casta, furiosa ou preciosa embora indefectível e substantiva)

porque nos endereça diretamente à vertigem, nos

conduz aos novos círculos do inferno da forma, nos

dirige (o id) e nos encaminha ao abismo do real”.

 

 

Murilo Gun

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