(da série aporias coloridas)
Do feitio de orvalho e coração
é como se apresenta o campo
(da série aporias coloridas)
Do feitio de orvalho e coração
é como se apresenta o campo
Brisa apazigua deuses
noite esmera sombras
tarde afoga-se dos pasteis do crepúsculo
Uivos de cimento abalavam a catedral
discursos de incensos se diluíam das máscaras.
A involução da linguagem (como o vemos hoje) dá-se quando ela passa do mais metafórico (mais poético) para o menos metafórico (menos poético).
Iogue
tem voz de unguento.
O certo é que o tempo e o homem impuseram uma forma pura (mescla lírica de estilos e cômputo de respirações) à poesia, que é o real barro da palavra.
Cláudio Véras
Vital Corrêa de Araújo é rigoroso em sua poética que vela e admira o irracional. Este se opõe e sobresta a razão comercial de hoje, vai de encontro ao saudável e aplaudido racionalismo que encanta o mundo desenvolvido e emocional de banqueiros a médios empresários.
Quando a tarde morre
ceifada por horas negras
dá-se enterro vasto
Nietzsche afirmou que a linguagem tem seu alicerce vital no instinto mais profundo do homem (algo como o ID).
Tenho interrogado minhas veias (tão vãs como a vida) e visitado as sombras
além de parlar com fontes inverossímeis
e meditar ao meio-dia de pedra a implorar