VCA
Nunca descobri como vim a Holderlin. Algo me fez ressoar seu nome, creio, quando de minha primeira estada na Alemanha – quando fazia o curso de Inteligência fiscal, em Dusseldorf, Haan e Solingen (por alguns meses).
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Nunca descobri como vim a Holderlin. Algo me fez ressoar seu nome, creio, quando de minha primeira estada na Alemanha – quando fazia o curso de Inteligência fiscal, em Dusseldorf, Haan e Solingen (por alguns meses).
Aquedutos, ginásios, valas comuns
covas lúcidas, coivaras trêmulas
idiotices novas, honras noticiosas
amores enfermos
E o peso desapareceu das coisas quando
irrompe com fervor e sem náuseas exatas
só com alto viço na lauda o poema absoluto
Ninguém é meu nome
sou da longa linhagem do nada
incompleto pária, touro castrado
Escritura solitária e viva pratico
votos de solidão rendem poemas altos.
A tendência do fragmento me salva.
Só vivo quando não escrevo.
A nudez dos dedos é adorno para seios nus.
Quando mais eretos, mais suaves os seios.
Que corre no grande rio estranho
se não caudalosas lágrimas (ou crocodilo louco)
hoste de sal que assalte salmos, urros de sáurio ou prurido de larva
Exercício de imaginaria ou engenho do id vital.
Pressupostos do poema:
a poesia absoluta é um ponto de chegada
VCA
O tempo, que é impiedoso, mesmo cruel, além de irrepetível e irrecusável, literário, como qualquer outro, passa... e no Brasil não se percebe.
Caminho na praia noturna de Boa Viagem
(há 50 anos, a 170 metros, inexatos
da Biblioteca Borges – vizinha ao