Uma andorinha não faz inverno
verão.
Já duas andorinhas trazem
Uma andorinha não faz inverno
verão.
Já duas andorinhas trazem
(porque amar não vale a pena)
Que venha o esquecimento
Ó velhos espelhos
por que me estampais?
(in)complacendo
membrana elástica e densa
agasalha.
Estas palavras estavam anotadas em minha alma domada
com letras redondas e estéreis
(que a eteriedade das coisas
propicia ou revoga)
Vital e aventuras (amaras ou não)
desaventuradas da vida
Este poema começa na página quatro.
As três primeiras (e a zero) perdi-as
quando transcrevia do borrador da alma escura
As bordas do precipício eram escuras
poucas vezes a beira era roxa. Um tanto afiadas ou mofas.
Mas discretas. Não porque abauladas
porém sinceras.
o que era
ávido que fui
abandono a veia.
Era uma vez uma geometria bêbeda
que vagava sinuosamente entre gráficos
e pedregulhos de sílabas da palavra simetria