Leões estraçalham crepúsculos
farejam auroras, lembem leves
púbis de gazelas enquanto
Leões estraçalham crepúsculos
farejam auroras, lembem leves
púbis de gazelas enquanto
“E a luz que da vidraça
da choça lança-se
derrama-se no curral
À mãe derrotada da bastarda vida
Vejo hospitais esclerosados agonizando, úlcera
das enfermarias alastrando-se
chegando rápido o oxigênio da agonia
Onde está a obra de máquina
em que chip ela esconde?
E o que tenho além
do inferno de cada dia
céu enlutado, famélica garoa
Sou um leitor cansável de poesia. Comecei aos 7 anos com os sonetos do meu avô Manuel Florentino Corrêa de Araújo, juiz de direito e viúvo, desde que meu pai Cláudio Corrêa de Araújo (avô, por sua vez, de Murilo Gun, meu filho menor) nasceu.
VCA
Heidegger, já despeitorado – em paz com o recém - passado infame e a consciência cívica (em 1935) – dece curso sobre os hinos de Helderlin
Amo sábado e sua sede nômade
manhãs beduínas e loucos relicários
(além da certeza branca dos domingos).
Escave seu id diariamente.
Sem a pressa que aniquila o verso
mas não descure dessa providencia
Sol enlouque terra
brilhos, fulgores, cânceres aponta.
Aridez ostenta sal