Cabelos pretos

como uma noite etíope.

Longas tranças

na cintura síria.

Mauro Mota

Insólito, agressivo,

de pudor botânico:

cacto.

Deste alado rincão donde

luz da colina vale beija

páramo de pedra olha o céu

Amigo,
Levanta-te para que ouças a uivar
o cão assírio.
As três ninfas do câncer estiveram bailando, 
meu filho.

casta, de Poesia Absoluta

deparar-se com o futuro

na próxima esquina.

Isso não é ilusão ou ficção.

É sabedoria.

És frágil corça

que à aurora desperta

com as açucenas

teus olhos apenas lírios.

à Igreja nova de Francisco

Monges de seda rezam

nos palácios de louça

orações de nácar

O lilás e as ovelhas

os azuis, as videiras

sempre retornam ao campo das batalhas

onde mortais cravos triunfaram

e sob pesada sombra do sangue

copulam irremediavelmente florescendo

sobre agra memória.

DA GASTRONOMIA MAIOR DE GARANHUNS

PARA A PODEROSA DEIA DO DATERRA

por Aramis (VCA)

Somos devotos

os três mosqueteiros da palavra

do DATERRA escravos

de suas guloseimas

terças-feira da vida devotamos

à canja de Deia

a que como a uma hóstia

sorvemos felizes

e satisfeitos