Peixes ouço a pratear água rápida
uivos sãos dilaceram-me tímpano vão
escuto confissão de um radar irmão
Peixes ouço a pratear água rápida
uivos sãos dilaceram-me tímpano vão
escuto confissão de um radar irmão
Gosto de mocinhas macias
de calcinhas de úmidas moçoilas
para refrigério das narinas (lascivas)
gosto de paragens comedidas
a Hórus e ao pórfiro
Silêncio de Pitágoras da estirpe do infinito
se faz ouvir nu e preciso
na geografia dos abeto
A nave da lua sangrava
céu francês
estava ébria com Rimbaud bebendo
das palavras licor áureo alquímico extrato
Frágeis sigilos elabora
em sua convulsa arquitetura
(do silêncio flutua
aéreo labirinto ou suspensa colmeia
“É através da poesia e por meio dela
que a alma discerne
esplendores do além-túmulo “
Baudelaire
Sou o fim só o fim do começo?
A poesia de VCA cria sua própria
(e vária) forma. Rejeita fórmulas.
Únicas ou não.
Entre ásperos cardumes de palavras secas
como cardo
entre caminhos de apunhalante cacto esgueira-se
É a era idólatra
dos escombros do hímen
rápido das meninas
À luz baça da vidência e longa do ID
sob dínamo formidável do delírio
vida e ente transparentam
fluxo dos ecos da alma