Meditam velhas tumbas
sob ósseo silêncio de mortos
sobre limo fugaz
sobre lodo da dor jaz
Meditam velhas tumbas
sob ósseo silêncio de mortos
sobre limo fugaz
sobre lodo da dor jaz
Ouço véu ondulante de Maia
bebo ilusão em cálices lautos (e cínicos)
vejo rosário cego
Áugures se orgulham
de seus éditos estranhos
das sinas traçadas
do voo de pássaros
O que não faz a Poesia Absoluta?
O não ser poema.
A ela, dá-se o poder (linguístico, original, criador)
As monarquias do frio de Garanhuns reunidas
à república da garoa revivem a cada ano
é Garanhuns republicado após tropical calor
quando trastes de rosas fontes e faces ensuaram-se
Quando negro âmbar da noite morrer
e desembarque da horda assalte sombras
quando cânfora do pássaro soterre ouvidos
Transformar o verso em novo significante.
Um novonomear uma novapoesia
(gerada pelo excesso absoluto de rimas
acumuladas no lombo de sete séculos). Amém.
E o reitor solícito apregoou a verdade catedrática
(ou mesmo catedralística) e sofismável
dos braços amputados de sua cátedra
de silogismos falsos e repregou o império
Que não mereças
dignidades de loa
e não se apressem
em esculpir tua lápide
(subsídios a seu (des)entendimento incorreto ou não)
Desvios a seu desenvolvimento normal.